Crisa Santos
Gabriela Ramalho
Dayane Moura
Ignez Sousa
Iniciamos nossa trajetória em 2006 em diferentes áreas da arquitetura. Mas, a partir de 2010, voltamos nosso olhar definitivamente para os espaços de vivência do luto, desenvolvendo em nós uma ótica singular, empática e profunda. Percebemos que era preciso ir além – e assim nos dedicamos.
Buscamos construir experiências que gerem ao usuário do espaço conexão consigo e seu ente querido, eternizando memórias e perpetuando sua comunhão com o todo que os une. Experiências que expandam o seu espaço de familiaridade, de forma a sentir seu ente querido em casa. A isso chamamos pertencimento – um dos pilares essenciais da sensação de acolhimento que visamos proporcionar.
A organicidade das formas, a associação de luz e espaço, as diferentes texturas, a relação entre interior e exterior, cores que ressaltam a natureza, o cuidado com a acústica, a valorização dos espaços de transição, o diálogo entre a cultura e o espaço são alguns dos caminhos que percorremos para que se ative uma cadeia de respostas neurais que provocam emoções, despertam sentimentos, acessem lembranças, transformam a vivência.
A este conceito denomina-se neuroarquitetura, aplicando a compreensão e a consciência dos impactos da arquitetura sobre o cérebro e os comportamentos humanos. Abraçados pela natureza em uma simbiose perfeita através da biofilia (do grego “amor às coisas vivas”), nossos projetos ressignificam o contato do ser humano com as suas sensações mais instintivas, a fim de colaborar na transformação dos indivíduos no processo do luto, ou que estão inseridos em seu contexto, ou ainda que vivem na comunidade do entorno.
Estas são as diretrizes criativas do Crisa Santos Coletivo + Arquitetas. Uma construção, sem dúvida, que resulta deste olhar sobre a vivência do luto com dignidade de uma forma coletiva, composta por todas as pessoas e empresas envolvidas em cada etapa de nossas atuações.